Costa Neto simplesmente ignorou os pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos líderes da legenda, para que o partido abandonasse a causa e não apelasse contra Moro. Na semana passada, o TRE-PR negou, por 5 votos a 2, o pedido de cassação do mandato e decretação de inelegibilidade do senador. A decisão foi baseada na falta de provas de que Moro desequilibrou a disputa ao cargo em 2022 com gastos realizados durante a pré-campanha.
Na contramão dos pedidos de Bolsonaro, o presidente do PL afirmou a jornalistas que não iria entrar com os recursos junto ao TRE-PR.
— Não vamos entrar com embargos (recursos) no Paraná, vamos direto para o TSE — desafiou.
O PL e a Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, entraram com ações questionando os gastos de campanha e pré-campanha de Moro, acusando-o de caixa dois relacionado à contratação de um escritório de advocacia pertencente ao seu suplente.
As legendas alegam que a pré-campanha de Moro à Presidência da República e sua subsequente exposição política influenciaram a disputa ao Senado. Inicialmente, Moro pretendia concorrer à presidência pelo Podemos. Mais tarde, lançou-se como candidato a deputado por São Paulo.
Por Soares Muller.
Fonte: Correio do Brasil